sexta-feira, 6 de maio de 2011

Relacionamentos vazios

Quantos amigos você tem no Orkut? E nas demais redes sociais? Sei que pode demorar a contar, afinal são tantos,não é mesmo?
Mas agora a pergunta que não quer calar: com quantos desses "amigos" você realmente pode contar?
O fato é que somos a geração da tecnologia, a geração da correria. Podemos até gostar disso e sermos bons em brincar com nossos "brinquedos" virtuais (úteis  e perigosos) e até  já nos acostumamos a correr (apesar de todo cansaço), mas somos falhos em criar relacionamentos sólidos, verdadeiros! Somos  a geração dos relacionamentos vazios! "Somos experimentados no relacionamento com as máquinas e inexperientes no trato com as pessoas".


E o pior: temos encontrado esse tipo de relacionamento dentro das Igrejas!
Faço uma reflexão sobre o que Paulo escreve na segunda carta aos Coríntios em relação à unidade dos membros do corpo (1 Cor 12. 12-27). Ele fala sobre a importância de cada membro e do cuidado que devemos ter uns com os outros. 
Lembro também da oração que Jesus fez pelos seus discípulos e por aqueles que pela sua palavra haveriam de crer nEle, ou seja, nós. Ele pede para que todos sejam um, como o Pai e Ele o são, para que assim o mundo creia que o Pai o enviou. (Jo 17. 20-23) 

Então me pergunto: onde está a unidade? Somos realmente um? Será que não temos tido  um relacionamento distante com nossos irmãos? Tenho eu me preocupado com os outros membros, que ligados a mim formam o corpo?


E talvez, ao me perguntarem onde está “aquele” meu irmão, eu responda como o fez Caim:

“Não sei; sou eu o responsável por meu irmão?” (Gn 4.9)


Talvez possa não sentir falta da outra parte, do outro membro do corpo, ou talvez possa dizer: vejo aos domingos na Igreja e converso uma vez ou outra através do Orkut, Msn...
Deixo claro desde já que não sou contra a comunicação feita através desses meios, reflito apenas em como temos deixado de lado o essencial.


A verdade é que temos nos preocupado tanto com nossos problemas que já não temos tempo para nos preocuparmos com os outros. E assim, a Igreja tem perdido a essência do cuidar, do partilhar, a essência observada na Igreja primitiva (At 2.46-47). 
O resultado disso:  membros isolados e consequentemente mais fracos na fé. Quem fica feliz com isso? Basta apenas mencionar que é muito mais fácil que o lobo faça a festa com uma ovelha isolada do que se ela estiver com o rebanho.

Ao nos mantermos afastados dos nossos irmãos também esquecemos que Deus nos mandou amar ao próximo como a nós mesmos. E aí posso dizer: “Mas eu amo meu irmão, apesar de não estar próximo dele, eu oro por ele!”
Posso orar pelo meu irmão e isso é importante (Tg 5.16), mas preciso me dispor a cuidar dele, pois quem ama cuida, quem ama cativa e está pronto para estender a mão, para ouvir e ser não somente um irmão, mas um amigo.

“O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo mais chegado do que um irmão.” (Pv 18.24)





Louvo a Deus pelos meus amigos mais chegados que irmãos e oro para que eu me disponha a estar mais próxima daqueles que estão ligados a mim como membros do corpo. Que possamos realmente ser um e sejamos fortalecidos na fé, crescendo juntos na graça e no conhecimento do Senhor Jesus!
Que essa seja também a sua oração!


Que Deus os abençoe!


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